Abstract This article will discuss the repercussions of the manifesto written by the Belgian Priest Joseph Comblin, aimed to prepare the clergy of Pernambuco for the II General Conference of the Latin American Episcopal Council (CELAM), held in Medellín, Colombia, in 1968. The content of this document was considered subversive for defending a more active role for the Catholic Church in political restructuring for the implementation of an equitable socioeconomic development process for Latin American countries. We compare the thought of this priest in relation to development with that of his immediate superior, the Metropolitan Archbishop of Olinda and Recife, Dom Helder Câmara. The support from certain sectors of the clergy, including Dom Câmara, created some tensions between the clergy, lay Catholics, politicians, and the military. We are dealing with a time when Brazil was under a Militry Civil Dictatorship. For this purpose, historical sources will be used: periodicals, personal correspondence, interviews, and documents produced by surveillance agencies of the Brazilian government.
Resumo Este artigo discutirá as repercussões do manifesto escrito pelo padre belga Joseph Comblin, destinado à preparação do clero de Pernambuco para a II Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), realizado em Medellín, Colômbia, no ano de 1968. O conteúdo desse documento foi considerado subversivo por defender um papel mais ativo da Igreja Católica na reestruturação política para a implantação de um processo de desenvolvimento socioeconômico equitativo para os países da América Latina. Confrontamos o pensamento desse padre em relação ao desenvolvimento com a do seu superior imediato, o Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara. O apoio de parte do clero, incluindo de Dom Câmara, proporcionou algumas tensões entre os clérigos, leigos católicos, políticos e militares. Estamos tratando de um momento em que o Brasil estava sob uma Ditadura Civil-Militar. Para tanto, serão utilizadas como fontes históricas: periódicos, correspondências pessoais, entrevistas e documentos produzidos por órgãos de vigilância do governo brasileiro.